Os escritores Americanos mais bebados das histórias
Para muitos, a bebida é simplesmente um vício. Algo ruim que acaba com sua vida, com sua família e com seu fígado — não necessariamente nessa ordem.
Para outros, pode ser um hábito não-regular que implica em simplesmente fugir um pouco da dura e injusta realidade. Ainda há os que bebem para perder a timidez, os que bebem por esporte, ou sabe-se lá que outros motivos.
E finalmente, encontramos os que bebem porque são gênios. Gênios cuja realidade é simples demais para suas mentes pretensiosas, indagadoras e irriquietas.
Encontrei essa lista de escritores que apreciam a bebida, no site Alternative Reel. Fiquem à vontade para sugerir traduções melhores, elas foram feitas de forma bem livre.
10. Raymond Chandler [1888-1959]
O álcool é como o amor. O primeiro beijo é mágico, o segundo é íntimo, o terceiro é rotina. Depois dele, você tira as roupas da moça.
[Alcohol is like love. The first kiss is magic, the second is intimate, the third is routine. After that you take the girl's clothes off.]
9. Frederick Exley [1929-92]
Depois de um mês de sobriedade minhas faculdades se tornaram insuportavelmente agudas e me vi como uma espécie de vidente doentio, tendo visões de lugares aos quais nunca tinha ido. Diferentemente de alguns homens, eu nunca bebi por audácia, charme ou wit. Eu tenho usado o álcool precisamente para o que ele serve, um depressivo para checar a excitação mental causada por um período de sobriedade prorrogada.
[After a month's sobriety my faculties became unbearably acute and I found myself unhealthily clairvoyant, having insights into places I'd as soon not journey to. Unlike some men, I had never drunk for boldness or charm or wit; I had used alcohol for precisely what it was, a depressant to check the mental exhilaration produced by extended sobriety.]
8. Harry Crews [1935-]
O álcool me chicoteou. Nós tivemos muitos, muitos maravilhosos momentos juntos. Nós rimos, nós conversamos, nós dançamos juntos nas festas; então um dia eu acordei e a banda tinha ido para casa e eu estava deitado num copo quebrado com a camisa cheia de vômito e eu disse, “Ei, cara, o jogo acabou”.
[Alcohol whipped me. Alcohol and I had many, many marvelous times together. We laughed, we talked, we danced at the party together; then one day I woke up and the band had gone home and I was lying in the broken glass with a shirt full of puke and I said, 'Hey, man, the ball game's up'.]
7. Charles Bukowski [1920-94]
Beber é algo emocional. Faz com que você saia da rotina do dia-a-dia, impede que tudo seja igual. Arranca você pra fora do seu corpo e de sua mente e joga contra a parede. Eu tenho a impressão de que beber é uma forma de suicídio onde você é permitido voltar à vida e começar tudo de novo no dia seguinte. É como se matar e renascer. Acho que eu já vivi cerca de dez ou quinze mil vidas.
[Drinking is an emotional thing. It joggles you out of the standardism of everyday life, out of everything being the same. It yanks you out of your body and your mind and throws you against the wall. I have the feeling that drinking is a form of suicide where you're allowed to return to life and begin all over the next day. It's like killing yourself, and then you're reborn. I guess I've lived about ten or fifteen thousand lives now.]
6. Jack Kerouac [1922-69]
Quanto mais velho eu fico, mais bêbado eu me torno. Por quê? Porque eu gosto do êxtase da mente.
[As I grew older I became a drunk. Why? Because I like ecstasy of the mind.]
5. Jack London [1876-1916]
Eu estava carregando um belo fogo alcoólico comigo. A coisa era alimentada por seu próprio calor e queimou the fiercer. Não houve nenhum momento, enquanto estive acordado, que eu não quisesse uma bebida. Comecei a antecipar o término de minhas mil palavras diárias bebendo um drink quando apenas quinhentas haviam sido escritas. Isso não durou muito. Chegou o momento em que eu prefaciava as mil palavras com uma bebida.
[I was carrying a beautiful alcoholic conflagration around with me. The thing fed on its own heat and flamed the fiercer. There was no time, in all my waking time, that I didn't want a drink. I began to anticipate the completion of my daily thousand words by taking a drink when only five hundred words were written. It was not long until I prefaced the beginning of the thousand words with a drink.]
4. F. Scott Fitzgerald [1896-1940]
Primeiro você pega uma bebida, depois a bebida pega uma bebida, então a bebida pega você.
[First you take a drink, then the drink takes a drink, then the drink takes you.]
3. Edgar Allan Poe [1809-49]
Eu absolutamente não tenho prazer em estimular algo que eu, por vezes, caí com tanta indulgência. Não foi pela busca do prazer que eu tenho arriscado a vida, a reputação e a razão. Foi apenas uma desesperada tentativa de escapar de memórias torturantes, de um senso de insuportável solidão e o horror de alguma estranha maldição repentina.
[I have absolutely no pleasure in the stimulants in which I sometimes so madly indulge. It has not been in the pursuit of pleasure that I have periled life and reputation and reason. It has been the desperate attempt to escape from torturing memories, from a sense of insupportable loneliness and a dread of some strange impending doom]
2. William Faulkner [1897-1962]
Não há nada como um mau whisky. Alguns parecem ser simplesmente melhores que outros. Mas um homem não deveria enganar-se com a bebida antes dos cinqüenta; depois disso, ele é um grande idiota se não o fizer.
[There is no such thing as bad whiskey. Some whiskeys just happen to be better than others. But a man shouldn't fool with booze until he's fifty; then he's a damn fool if he doesn't.]
1. Empate: Ernest Hemingway [1899-1961] & Hunter S. Thompson [1937-2005]
Um homem inteligente às vezes é forçado a ficar bêbado para gastar um tempo com suas bobagens.
[An intelligent man is sometimes forced to be drunk to spend time with his fools.] – Hemingway
HUNTER S. THOMPSON
Eu odeio recomendar drogas, álcool, violência, ou insanidade para qualquer um, mas isso tudo sempre funcionou comigo.
Posted on quinta-feira, junho 25, 2009 by Anônimo and filed under
Histórias de Bêbados
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Para outros, pode ser um hábito não-regular que implica em simplesmente fugir um pouco da dura e injusta realidade. Ainda há os que bebem para perder a timidez, os que bebem por esporte, ou sabe-se lá que outros motivos.
E finalmente, encontramos os que bebem porque são gênios. Gênios cuja realidade é simples demais para suas mentes pretensiosas, indagadoras e irriquietas.
Encontrei essa lista de escritores que apreciam a bebida, no site Alternative Reel. Fiquem à vontade para sugerir traduções melhores, elas foram feitas de forma bem livre.
10. Raymond Chandler [1888-1959]
O álcool é como o amor. O primeiro beijo é mágico, o segundo é íntimo, o terceiro é rotina. Depois dele, você tira as roupas da moça.
[Alcohol is like love. The first kiss is magic, the second is intimate, the third is routine. After that you take the girl's clothes off.]
9. Frederick Exley [1929-92]
Depois de um mês de sobriedade minhas faculdades se tornaram insuportavelmente agudas e me vi como uma espécie de vidente doentio, tendo visões de lugares aos quais nunca tinha ido. Diferentemente de alguns homens, eu nunca bebi por audácia, charme ou wit. Eu tenho usado o álcool precisamente para o que ele serve, um depressivo para checar a excitação mental causada por um período de sobriedade prorrogada.
[After a month's sobriety my faculties became unbearably acute and I found myself unhealthily clairvoyant, having insights into places I'd as soon not journey to. Unlike some men, I had never drunk for boldness or charm or wit; I had used alcohol for precisely what it was, a depressant to check the mental exhilaration produced by extended sobriety.]
8. Harry Crews [1935-]
O álcool me chicoteou. Nós tivemos muitos, muitos maravilhosos momentos juntos. Nós rimos, nós conversamos, nós dançamos juntos nas festas; então um dia eu acordei e a banda tinha ido para casa e eu estava deitado num copo quebrado com a camisa cheia de vômito e eu disse, “Ei, cara, o jogo acabou”.
[Alcohol whipped me. Alcohol and I had many, many marvelous times together. We laughed, we talked, we danced at the party together; then one day I woke up and the band had gone home and I was lying in the broken glass with a shirt full of puke and I said, 'Hey, man, the ball game's up'.]
7. Charles Bukowski [1920-94]
Beber é algo emocional. Faz com que você saia da rotina do dia-a-dia, impede que tudo seja igual. Arranca você pra fora do seu corpo e de sua mente e joga contra a parede. Eu tenho a impressão de que beber é uma forma de suicídio onde você é permitido voltar à vida e começar tudo de novo no dia seguinte. É como se matar e renascer. Acho que eu já vivi cerca de dez ou quinze mil vidas.
[Drinking is an emotional thing. It joggles you out of the standardism of everyday life, out of everything being the same. It yanks you out of your body and your mind and throws you against the wall. I have the feeling that drinking is a form of suicide where you're allowed to return to life and begin all over the next day. It's like killing yourself, and then you're reborn. I guess I've lived about ten or fifteen thousand lives now.]
6. Jack Kerouac [1922-69]
Quanto mais velho eu fico, mais bêbado eu me torno. Por quê? Porque eu gosto do êxtase da mente.
[As I grew older I became a drunk. Why? Because I like ecstasy of the mind.]
5. Jack London [1876-1916]
Eu estava carregando um belo fogo alcoólico comigo. A coisa era alimentada por seu próprio calor e queimou the fiercer. Não houve nenhum momento, enquanto estive acordado, que eu não quisesse uma bebida. Comecei a antecipar o término de minhas mil palavras diárias bebendo um drink quando apenas quinhentas haviam sido escritas. Isso não durou muito. Chegou o momento em que eu prefaciava as mil palavras com uma bebida.
[I was carrying a beautiful alcoholic conflagration around with me. The thing fed on its own heat and flamed the fiercer. There was no time, in all my waking time, that I didn't want a drink. I began to anticipate the completion of my daily thousand words by taking a drink when only five hundred words were written. It was not long until I prefaced the beginning of the thousand words with a drink.]
4. F. Scott Fitzgerald [1896-1940]
Primeiro você pega uma bebida, depois a bebida pega uma bebida, então a bebida pega você.
[First you take a drink, then the drink takes a drink, then the drink takes you.]
3. Edgar Allan Poe [1809-49]
Eu absolutamente não tenho prazer em estimular algo que eu, por vezes, caí com tanta indulgência. Não foi pela busca do prazer que eu tenho arriscado a vida, a reputação e a razão. Foi apenas uma desesperada tentativa de escapar de memórias torturantes, de um senso de insuportável solidão e o horror de alguma estranha maldição repentina.
[I have absolutely no pleasure in the stimulants in which I sometimes so madly indulge. It has not been in the pursuit of pleasure that I have periled life and reputation and reason. It has been the desperate attempt to escape from torturing memories, from a sense of insupportable loneliness and a dread of some strange impending doom]
2. William Faulkner [1897-1962]
Não há nada como um mau whisky. Alguns parecem ser simplesmente melhores que outros. Mas um homem não deveria enganar-se com a bebida antes dos cinqüenta; depois disso, ele é um grande idiota se não o fizer.
[There is no such thing as bad whiskey. Some whiskeys just happen to be better than others. But a man shouldn't fool with booze until he's fifty; then he's a damn fool if he doesn't.]
1. Empate: Ernest Hemingway [1899-1961] & Hunter S. Thompson [1937-2005]
Um homem inteligente às vezes é forçado a ficar bêbado para gastar um tempo com suas bobagens.
[An intelligent man is sometimes forced to be drunk to spend time with his fools.] – Hemingway
HUNTER S. THOMPSON
Eu odeio recomendar drogas, álcool, violência, ou insanidade para qualquer um, mas isso tudo sempre funcionou comigo.
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